Sim! A psicologia como conhecemos hoje, é uma ciência!
As sociedades sempre tiveram grande interesse por compreender o comportamento humano nas suas mais variadas expressões. Já no século V a. C., filósofos gregos se debruçavam para encontrar respostas que explicassem nossas cognições, emoções e comportamentos.
Você sabia que apesar desse interesse datar de séculos passados, a psicologia moderna, tal qual conhecemos hoje, teve início há pouco mais de cem anos?
Pois é! A psicologia nasce enquanto ciência a partir do século XIX, quando passa a desenvolver técnicas e métodos mais precisos de observação e experimentação do funcionamento da mente e dos nossos comportamentos. De lá pra cá, muitos pesquisadores e instituições de ensino respeitadas em todo o mundo trabalham com pesquisas na área da psicologia, com o objetivo de aprimorar as teorias e técnicas psicológicas, visando disponibilizar tratamentos mais eficazes para as pessoas que passam por algum tipo de sofrimento emocional.
Muitas pessoas acham que a psicoterapia é apenas um lugar onde as pessoas conversam sobre a vida, não é mesmo?! Entretanto, a psicoterapia como ferramenta de tratamento, é bem mais do que isso!
Psicoterapia é um método de tratamento baseado nos princípios psicológicos e é colaborativa entre paciente e psicoterapeuta. Nela, um profissional treinado (Graduado em Psicologia), através da comunicação verbal, da relação terapêutica e de um conjunto de técnicas, realiza uma variedade de intervenções junto ao paciente com o objetivo de auxiliá-lo a modificar problemas de cunho emocional, cognitivo ou comportamental.
Atualmente, as psicoterapias compõe o plano de tratamento de praticamente todos os transtorno mentais, como os transtornos de ansiedade e depressão, por exemplo.
Entretanto, as psicoterapias não são indicadas apenas para quem já tem um diagnóstico de transtorno mental. Elas também são reconhecidas como eficazes no auxílio a pessoas que estejam passando por problemas emocionais das mais variadas magnitudes, por dificuldades nas relações interpessoais ou que estejam passando por alguma crise do curso da vida.
A Saúde Metal é considerada pela OMS como um marcador de qualidade de vida, ou seja, a definição geral de saúde não é apenas a ausência de doença ou enfermidade, mas um “completo estado de bem-estar físico, mental e social”.
Dito isso, estar mentalmente saudável envolve a presença de habilidades para lidar tanto com frustrações, limitações, medos, raivas, anseios e tristezas, quanto para conviver em equilíbrio com as alegrias, euforias, vitórias e satisfações da vida.
Apenas dessa forma é possível enfrentar traumas, problemas e desafios do nosso dia a dia (sejam eles sociais ou subjetivos), bem como enfrentar as etapas e crises previstas no curso da vida como, por exemplo: a morte de alguém que amamos, um processo de separação, mudança de emprego, problemas financeiros, além dos próprios questionamentos existenciais.
Quando apresentamos dificuldade para lidar de modo assertivo e equilibrado com os problemas cotidianos a ponto de perceber prejuízo em nossa rotina de vida diária e na qualidade de vida, talvez seja a hora de buscar ajuda e cuidar da nossa saúde mental.
As modalidades de tratamento psicológico podem variar de acordo com a demanda do paciente e muitos fatores são considerados na avaliação inicial para se formular um projeto terapêutico adequado como, por exemplo: tempo e intensidade dos sintomas apresentados, fatores sócio – ambientais que contribuem para a manutenção do problema, história familiar, prejuízos nos mais diversos âmbitos e na rotina de vida diária, presença de rede de apoio, se o paciente está em tratamento medicamentoso, se já realizou tratamentos anteriores, etc.
Dependendo da avaliação realizada pelo profissional psicólogo, a intervenção pode ser breve, como no aconselhamento psicológico, pode durar por alguns meses ou, até mesmo, por mais de um ano. Durante todo o curso do tratamento, psicólogo e paciente conversam sobre a evolução com base no quadro inicialmente apresentado até que obtenha-se melhora significativa e seja sugerida alta clínica.
O tempo de duração de uma sessão de psicoterapia é de até 50 minutos. Normalmente, o tratamento inicia com atendimentos semanais. A frequência dos atendimentos pode diminuir à medida que o paciente apresenta melhora, sendo essa sugestão feita pelo psicólogo com base na avaliação do paciente no curso do tratamento até que seja sugerida alta clínica.
Psicólogo é o profissional formado pela faculdade de Psicologia. Para que o psicólogo possa atuar como tal, ele precisa estar devidamente registrado no Conselho Regional de Psicologia – CRP (órgão que regulamenta a atuação profissional) de sua cidade. O psicólogo pode trabalhar em diversas áreas como: clínica, recursos humanos, social, escolar, hospitalar, pesquisa, docência, dentre outras.
Psiquiatra é o profissional formado pela faculdade de Medicina e que, após concluir a faculdade, se especializa em Psiquiatria. Para que o psiquiatra possa atuar como tal, ele precisa estar devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM (órgão que regulamenta a atuação profissional) de sua cidade, bem como, ter o Registro de Qualificação de Especialista – RQE, emitido pelo CRM.
Psicólogos clínicos e psiquiatras normalmente trabalham conjuntamente em muitos tratamentos da área da saúde mental; entretanto, cada atuação tem suas especificidades e ambas se complementam.
Enquanto o psicólogo clínico atua tratando as desordens emocionais com base em intervenções comportamentais, cognitivas e ambientais, o psiquiatra atua tratando as desordens emocionais com base em intervenções farmacológicas. Ou seja, é conferido ao médico psiquiatra a competência para receitar medicamentos como forma de tratamento das desordens emocionais.
Sendo assim, psicólogos não podem receitar medicamentos e não podem interferir na sugestão farmacológica indicada pelo psiquiatra.
Com certeza! Muitas razões podem contribuir para que uma pessoa não consiga concluir corretamente o tratamento psicológico, como: mudanças de cidade, incompatibilidades de horário, não identificação com a abordagem psicológica utilizada, fatores socioambientais, etc.
Nenhuma razão é impedimento para que a pessoa torne a buscar apoio psicológico sempre que julgar necessário!
Abordagens nada mais são do que modelos de intervenção psicológica. Embora todas as abordagens utilizem a comunicação verbal e a relação terapêutica como ferramentas de trabalho, elas divergem no que diz respeito à explicação que oferecem para os mais variados problemas humanos, sendo que cada abordagem psicológica terá um referencial teórico para embasar suas intervenções.
São exemplos de abordagens dentro do campo da psicologia: psicoterapia psicanalítica, psicoterapia cognitivo comportamental, psicoterapia comportamental, dentre outras.
Sim. De acordo com o código de ética do psicólogo consta que:
“Art. 9º – É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional”.
Não. Qualquer pessoa que esteja passando por dificuldades/conflitos no modo como lida com suas emoções, comportamentos e com o ambiente pode se beneficiar da psicoterapia. A psicoterapia pode te ajudar a desenvolver habilidades sociais e emocionais para ter uma vida com mais qualidade e assertividade!
Não. É conferido ao médico psiquiatra a competência para receitar medicamentos como forma de tratamento das desordens emocionais. Sendo assim, psicólogos não podem receitar medicamentos.
Transtorno psicológico é uma disfunção psicológica que ocorre numa pessoa e está associada a angústia, diminuição da capacidade adaptativa e uma resposta que não é culturalmente esperada.
Dentro desse conceito, encontram-se alterações dos seguintes tipos: emocional, de atenção, de comportamento, de memória, dentre outras.
A maioria dos problemas de saúde mental resulta de doenças mentais comuns (ansiedade, depressão, stress) e muitas destas são desencadeadas por situações adversas da vida.
Quanto antes a pessoa identificar que está passando por alguma problemática relacionada à saúde mental e buscar ajuda profissional, mais rápida será a intervenção e, consequentemente, menores serão os impactos para a qualidade de vida!
Com certeza! Mesmo que você já tenha realizado tratamentos eficazes no passado. O retorno à psicoterapia não significa que você voltou “à estaca zero”.
Nossa vida não é uma experiência linear e é possível que mesmo após ter concluído um tratamento psicológico no passado, você precise buscar novamente a psicoterapia para alguma dificuldade nova que esteja vivenciando e que sinta não ter os recursos adequados para enfrentar.
O psicólogo é um profissional de saúde. Da mesmo forma que buscamos ajuda com o cardiologista, com o clínico geral, com o nutricionista, dentre tantas outras especialidades, sempre que precisamos, também podemos buscar o psicólogo!